Quando Olivia Smith, atacante canadense de 20 anos, assinou contrato com o Arsenal por exatamente 1 milhão de libras, o futebol feminino ganhou seu primeiro transfer‑deal de sete dígitos. O anúncio foi feito na quinta‑feira, 17 de julho de 2025, e surpreendeu torcedores, dirigentes e analistas ao estabelecer um marco que supera a transferência anterior de Naomi Girma – 900 mil libras para o Chelsea – realizada em janeiro do mesmo ano. Essa operação indica que o mercado da mulher‑jogadora está em rápida expansão, empurrando valores que antes pareciam reservados ao futebol masculino.
Contexto histórico das transferências no futebol feminino
Até 2024, poucos acordos ultrapassavam a barreira dos seis dígitos. A recorde anterior, a compra da zagueira norte‑americana Naomi Girma pelo Chelsea, já havia sinalizado que clubes de elite estavam dispostos a investir pesado. Contudo, o salto para um milhão de libras ainda era incerto. Curiosamente, a primeira transferência masculina a atingir a mesma cifra – 1 milhão de libras – aconteceu em 1979, quando Trevor Francis se mudou do Birmingham City para o Nottingham Forest.
Detalhes da negociação e trajetória de Olivia Smith
A partida de Olivia Smith sai do Liverpool, onde marcou nove gols em 25 partidas na última temporada, tornando‑se artilheira e melhor jogadora do clube. Mesmo com o Liverpool terminando sétimo na Superliga Feminina, o desempenho individual de Smith chamou a atenção do Arsenal, que busca consolidar sua supremacia na Premier League Feminina e na Champions League.
Antes de chegar ao Liverpool, a canadense estreou no North Toronto Nitros, clube de base em Ontário, e depois brilhou no Sporting de Portugal, onde conquistou o prêmio de revelação da Liga Portuguesa 2023/2024. Em 2024, fez a mudança para a Inglaterra, consolidando‑se como uma das promessas mais promissoras do cenário mundial.
Reações e declarações dos envolvidos
Logo após o contrato, Olivia Smith declarou: “É um privilégio e uma honra assinar pelo Arsenal. Meu sonho é competir pelos maiores títulos aqui na Inglaterra e na Europa e estou animada para começar e contribuir para isso”. A treinadora do Arsenal, Renee Slegers, enfatizou que a contratação faz parte de um plano de reforços que já incluiu a atacante Chloe Kelly e a lateral‑esquerda Taylor Hinds, ambas vindas do Liverpool.
Representantes do Liverpool reconheceram a “perda dolorosa”, mas destacaram que o valor recebido permitirá investimentos em jovens talentos da academia. Já o Chelsea comemorou o aumento geral dos preços, prevendo que a competição por jogadores se intensificará nos próximos ciclos de transferência.
Impacto no mercado do futebol feminino
- Valor recorde: 1 000 000 £ (~R$ 7,5 mi)
- Pequeno aumento percentual em relação ao recorde anterior (≈11 %)
- Eleva a média de transferências acima de £ 800 mi nos últimos 12 meses
- Pressiona clubes menores a melhorar contratos e infraestrutura para reter talentos
- Indica que patrocinadores enxergam maior retorno comercial no feminino
Analistas de mercado apontam que o crescimento do streaming esportivo e o aumento da visibilidade nas redes sociais criam um ecossistema mais lucrativo, justificando investimentos antes reservados ao masculino. A UEFA anuncia que, a partir de 2026, parte das receitas da Champions League Feminina será redistribuída de forma mais equitativa, o que pode acelerar ainda mais as movimentações de alto valor.

Perspectivas para a próxima temporada
Com Smith, Slegers pretende alavancar a produção ofensiva do Arsenal, que atualmente depende de Bethany England e Francesca Johnson. A expectativa é que a artilheira canadense ajude a transformar o Arsenal em candidato ao título da Premier League e a repetir o sucesso na fase de grupos da Champions League.
Se o recorde de 1 milhão de libras permanecer inalterado, especialistas acreditam que a próxima fronteira será a marca de 1,5 milhão, possivelmente envolvendo jogadoras como a inglesa Georgia Stanway ou a americana Alex Morgan em 2026.
Resumo dos principais fatos
Olivia Smith – atacante canadense, 20 anos – assinou com o Arsenal por £ 1 mi em 17/07/2025; recorde histórico de transferências femininas; Liverpool recebeu cerca de R$ 7,5 mi; reforço estratégico para manter domínio europeu; contrato reforça tendência de valorização salarial e comercial do futebol feminino.
Perguntas frequentes
Como a contratação de Olivia Smith afeta o Arsenal na disputa pela Premier League?
A chegada da artilheira garante ao Arsenal mais opções no ataque, reduzindo a dependência de um único centroavante. Com Smith no elenco, a equipe tem maior profundidade para rotacionar jogadores durante a corrida ao título, aumentando as chances de superar o Chelsea na reta final da temporada.
Qual o impacto desse recorde de 1 milhão de libras no mercado do futebol feminino?
O valor eleva a referência de preço para jogadoras de elite, incentivando clubes a investir mais em scouting e desenvolvimento. Também atrai patrocinadores que veem maior retorno, impulsionando salários e infraestrutura nos clubes menores.
Quais foram os principais destaques da carreira de Olivia Smith antes da transferência?
Smith começou no North Toronto Nitros, destacou‑se no Sporting de Portugal com o prêmio de revelação da Liga Portuguesa (2023/24) e foi artilheira e melhor jogadora do Liverpool na temporada 2024/25, marcando nove gols.
O que a treinadora Renee Slegers espera conseguir com a nova contratação?
Slegers quer que Smith complemente o estilo ofensivo já estabelecido, permitindo ao Arsenal variar entre jogo de posse e contra‑ataques rápidos. Ela acredita que a jogadora pode ser decisiva nas fases de mata‑mata da Champions League e nos confrontos diretos contra o Chelsea.
Qual a previsão de valores de transferências femininas para os próximos anos?
Especialistas estimam que, se a tendência de crescimento mantiver ritmo, veremos contratos entre 1,2 e 1,5 milhão de libras já em 2026, especialmente para jogadoras que se destacam em competições internacionais como a Copa do Mundo e a Olympics.
Marty Sauro
outubro 7, 2025 AT 21:48É impressionante ver o Arsenal desembolsar uma grana que antes só aparecia nos meninos. Agora todo mundo vai ficar de olho nas mulheres e, ao mesmo tempo, tem gente que ainda acha que 1 mi é exagero. A verdade é que o futebol feminino está crescendo rápido, então os clubes precisam acompanhar. Se a Smith fizer o que promete, a decisão vai parecer até pouco ousada. No fim, quem perde somos os que ainda duvidam do potencial das atletas.