Primeira partida: Peñarol abre vantagem no Estádio Campeón del Siglo
No dia 12 de agosto de 2025, o clássico sul‑americano começou em Montevidéu, no Estádio Campeón del Siglo. O Peñarol entrou em campo com a confiança de quem havia demolido o Nacional por 3 a 0 na rodada anterior da liga uruguaia. O treinador Diego Aguirre apostou na ofensividade, mas a partida ficou marcada por um detalhe: o gol de David Terans aos 78 minutos.
Terans, que ainda não havia começado o jogo, entrou no lugar de Leonardo Fernández, lesionado no primeiro tempo. O substituto recebeu a bola na entrada da área, driblou um marcador e encobriu o goleiro rival. O lance selou um 1 a 0 que deixou o Peñarol com a vantagem para a partida de volta. O chileno Brayan Cortés, em sua estreia na competição, teve boa atuação, enquanto o zagueiro Emanuel Gularte se destacou, anotando e dando assistência no último confronto da equipe.

Segunda partida: Racing Club reverte no Estádio Presidente Perón e garante vaga nas quartas
Uma semana depois, em 19 de agosto, a atmosfera mudou completamente. O Estádio Presidente Perón, em Avellaneda, estava lotado, e a torcida do Racing Club não perdoou o primeiro‑tempo desfavorável. O treinador Gustavo Costas fez ajustes táticos, colocando Santiago Solari mais adiantado e dando ritmo a Duván Vergara.
O duelo começou com o Peñarol tentando segurar o resultado, mas logo o Racing encontrou o caminho do gol. O primeiro veio de Adrián Martínez, que recebeu um cruzamento de Franco Pardo e mandou a bola para o fundo da rede. Em poucos minutos, o placar ficou 1 a 0 para o time argentino, reduzindo a diferença do agregado.
A reação não parou por aí. Solari, ex‑jogador do Real Madrid, virou o jogo ao marcar de cabeça após cobrança de escanteio. O empate no primeiro tempo deixou tudo aberto. No segundo tempo, Duván Vergara, que vinha de um bom desempenho na Sul‑Americana, concluiu de fora da área, sellando o 3 a 1 final.
Com o placar, o Racing Club avançou com 3 a 2 no total, surpreendendo a torcida uruguaia e garantindo a presença nas quartas de final. O duelo foi comandado pelo árbitro brasileiro Raphael Claus, que manteve a partida fluida apesar da pressão.
- Gol decisivo de David Terans no primeiro jogo (78').
- Adrián Martínez abre o placar da virada (15').
- Santiago Solari empata com cabeçada (38').
- Duván Vergara selou a vitória (67').
- Racing Club avança com 3 a 2 no agregado.
Para o Peñarol, a eliminação reforça a longa seca de títulos – a última conquista nacional voltou a 1987. Apesar da boa fase na liga e da solidez defensiva em casa, a equipe uruguaia não conseguiu segurar a pressão no clássico argentino.
O Racing Club, campeão da Copa Sudamericana no ano anterior, demonstra que tem tudo para ser protagonista da Libertadores. A campanha até aqui combina disciplina defensiva – com Franco Pardo, Santiago Sosa e Agustín García Basso – e criatividade ofensiva, liderada por Solari, Martínez e Vergara.
A transmissão da partida foi feita ao vivo por plataformas como beIN Sports e Fubo TV, garantindo amplo acesso ao público sul‑americano. A virada do Racing ficou marcada como um dos maiores dramas da fase de oitavas, confirmando que, na Libertadores, o jogo só termina quando o apito final soa.